quarta-feira, 26 de maio de 2010

Quem quer sair da bolha?

"God, I'll miss you a lot..."
"You know I'll miss you, dont ya?"
"Yeah."
"I'll miss you... more than you imagine I will."

Não quero ir embora. E mesmo que me digam que eu vou voltar depois do verão (ou inverno pro hemisfério sul), e mesmo que eu saiba disso também, nada me faz querer ir embora de Duino agora, ou deixar de pensar que nunca mais vou ver a Duino que eu conheci esse ano. Porque quando eu voltar Duino vai ser outra. Vai ser Duino sem Dylan, sem Aye, sem Anita, sem Anna, sem Arnóia, sem o Serginho, sem o Giovanni, sem Mirko, sem Nienke, sem Anabel, sem Alma, sem Dorka, sem Joyce, sem Hemayat, sem Habib (and the lame jokes), sem Ben, sem Tomas, sem Celestina, sem tanta gente.

A quota de lágrimas podia expirar hoje. Daí amanhã, quando eu entrar no ônibus e ele ficar aqui, ainda me destrua do jeito que sei que vai, as aparências de um não-desastre serão respeitadas.

Fins são consideravelmente assustadores. Quando se olha para o céu de Duino a gente quase vê a crosta da bolha que nos envolve, de tão azul que é o nosso céu, de tão brilhante que é nossa lua iluminando o mar que mais parece uma piscina.

A verdade é que, enquanto nós, first years, não queremos viver sem pessoas tão especiais quanto os nossos secondos, os últimos não só sentem por se despedir de duas gerações de uma só vez, mas também têm medo do que vem quando deixarem a bolha. Solidão, ineficiência, incerteza.

Duino é um paraíso.

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