terça-feira, 15 de setembro de 2009

1 ano em uma semana.



Pra mim, é a quantidade de tempo que parece ja se ter passado, desde que deixei a vida que eu conhecia. Nao que isso seja ruim - Muito antes pelo contrario. Mas é simplesmente muito louco perceber no meio de uma das aulas, com os seus novos colegas de classe, que aqueles, antigos, sao uma lembrança tao distante (e presente) quanto o Brasil da Italia.
De qualquer forma, caso essa ultima semana tivesse sido, de fato, um ano, eu poderia dizer que todos os 365 dias foram simplesmente maravilhosos e muitissimo bem aproveitados.
Começo a ver as primeiras sombras de amizades aqui, sem contar com os inumeros acontecimentos de quinta, sexta e sabado.
Perdoem o aspecto de diario de uma criança do jardim de infancia, mas...
Quinta feira, de noite, metade do colegio foi ao boliche que tem aqui perto. Mas, melhor que ir ao boliche, é ser convidada pra ir ao boliche. Foi uma das noites mais divertidas, alem de ter servido plenamente pra descobrir a melhor cerveja que ja tomei, como tambem pra saber que as pessoas do colegio nao sabem dançar no DDR e que sao realmente capazes de cair enquanto tentam.
No fim eu acabei jogando boliche com os italianos do colegio, que estao absolutamente o tempo inteiro juntos e sao as criaturas mais engraçadas, ever. Eu, Constanza, Mario, Paolo e Andrea. é claro que eu fiquei por ultimo na pontuaçao - apesar de um strike -  mas valeu a noite inteira ver o Mario tentando repetir a cena de um filme que tinha visto, bem como mandar a bola a tres pistas de distancia da nossa, e ver os italianos que estavam jogando la xingarem ele.
Na sexta, entao, resolveram fazer um encontro secretamente publico de umas 40 pessoas na Piazza, pra irmos beber vinho no lugar mais italiano das redondezas. Fomos juntos pelo caminho eu, Mati e Andrea, e eu e a Marcela fomos cantando as musicas de Terra Nostra, o Andrea ficou absolutamente louco sobre isso e ligou imediatamente pra mae dele, pra contar o fim da novela. HAUAHUAH E eu e a Marcela ainda dissemos um "Ciao, mama di andrea!"no telefone.
No tal lugar, uma jarra enorme de vinho custava 2 euros. Acabou com muita gente que nunca viu vinho pela frente voltando cambaleando pela estrada, depois das musicas italianos que nos ficamos cantando, e das brincadeiras infinitas de virar o copo. Nunca me senti tao fortemente na Italia.
Depois de conseguirmos realizar o milagre de voltar ate a uma da manha, como as regras do colegio mandam, caminhando pela estrada, pela falta de onibus, tivemos que dormir algumas horas pra estar humanamente apresentaveis na viagem pra Veneza, no sabado, com um onibus saindo as 6:30 da manha.
O sorvete regenerante(?) de Veneza acordou alguns zumbis restantes da noite anterior e eu tive um dia que foi o mais apaixonante e surpreendente de todos. Os becos da cidade, com os cortiços antigos pareciam me gritar a cada vez que eu passava por um deles, e é de fato gratificante estar andando por um deles e, de repente, se deparar com uma vista linda pra um dos canais, com uma gondola parada bem ao lado.
Em Veneza a multidao nao foi relevante, o cansaço da noite anterior nao foi relevante. Pode-se dizer que é uma cidade a qual nada seria capaz de atrapalhar.

3 comentários:

  1. Veneza ♥
    sorvete de veneza ♥
    Ninguém filmou o garoto mandando a bola pra outra pista? ISAIOHASHIOPSAHOOSH digno.
    miss u dear.

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  2. Cê tá pensando que vinho é água? Devagar com o andor hein branquela.

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