sábado, 1 de maio de 2010

"What did you do there?"

It is in moments like these that we all need, irrespectively from our age, the reassurance about the meaning of our actions and I am sure that, despite the natural hesitation and uncertainties of the moment, you would all feel comforted by the fact that in the choice between silence and speaking you chose the latter. I am sure that you would have felt much worse if you had remained silent. One day, far in the future, you would reflect about the meaning of having come to our college in Duino. Maybe your children would ask, “What did you do there?” Your answer should be “I did so many things, much of them so worthwhile and when we saw a way to make the place better, we did not remain silent.” This is valid for your family, for your friends, for your country.



Tenso, tenso, tenso. Lembro que desde o convivio de seleção pra UWC, percebi que, caso fosse aprovada, teria muitos momentos tensos - E intensos. Vi tambem que sobreviveria a todos eles.

Porque às vezes a gente tem de ser narrativa.

Na ultima quinta feira os alunos do Adriático receberam um email assinado por um grupo de segundos anos, chamando um encontro de alunos no Social Center, porque, não era de hoje, todos sabem que existe muito sentimento de descontentamento, dos alunos com relação à administração. E é verdade. Nosso diretor expondo uma opinião em frente aos alunos e outra completamente diferente diante dos professores, professores tomando atitudes que veramente desrespeitam os princípios do colégio, e por aí vai.

Pois bem. Nos encontramos, discutimos por horas. O resultado foi um documento de dezoito páginas, com muito eufemismo, explicando por que os alunos acreditavam que a comunicação entre estudantes e administração não estava funcionando bem, e basicamente dizendo que encontrar um professor bêbado as 3 da manhã, cantando alto e acordando os Duineses não era a melhor coisa a se fazer pra ajudar a imagem do colégio.

Lembro que na noite em que nós tivemos o encontro eu fiquei extremamente chateada e fui pra Ples conversar com os meninos de lá, porque no fim eles sempre têm uns bons conselhos a dar. Discutimos muito, e eu expliquei que um dos meus maiores medos em escrever o documento era a reação que ele causaria nos professores - que, até onde eu conheço as coisas aqui, não seria boa, definitivamente.

Pois bem. Passa-se que meu medo da reação não era simplesment pelo grupo, mas por mim, também. Porque eu tinha um "caso" pra contar e que seria posto no documento. Era bem relevante, o que eu tinha a dizer, e eu tinha certeza de que seria algo que precisávamos melhorar aqui no colégio. Era absurda a falta de profissionalismo de alguns professores.

No fim, eu não sei se foram os meninos da Ples quem me ajudaram a enxergar, ou se eu quem enxerguei sozinha. Mas eu vi que eu não vim pra cá à toa. E, no futuro, quando alguém me perguntasse o que é que eu fiz aqui, eu poderia dizer que tive muita diversão, que estudei muito e que fiz amigos maravilhosos, e que nós, juntos, quando vimos que tínhamos de fazer algo para provocar mudança, entre calar-se e falar, escolhemos a última opção.

Depois que o documento foi apresentado alguns professores gritaram com a gente numa indignação sem tamanho. Gritaram com a gente na mensa. Depois que o documento foi apresentado duas professoras decidiram que não iriam às suas classes por dois dias, numa demonstração sem tamanho de infantilidade e falta de amor pela própria profissão.

Depois que o documento foi apresentado a Helen, a professora sobre quem escrevi o "caso", veio falar comigo e nós nos entendemos de forma adulta. Eu expliquei a ela que achei que o documento seria a forma mais eficaz de expressar e explicar o ocorrido porque eu não me sentia confortável conversando com ela diretamente, porque ela não parecia realmente dialogar, mas monologar. Porque não achava que, s e eu fosse conversar com alguém dobre o ocorrido, coisa alguma fosse mudar - Eu já tive experiencias suficiente de coisas do tipo.

Ao fim, eu sei que fiz a coisa certa. Se eu não houvesse assinado o documento, se não houvesse ajudado a escrevê-lo, ficaria com o sentimento de que dei pra trás no momento em que meus colegas e eu mesma precisava de mim, sentiria que dali pra frente, toda vez que eu reclamasse sobre qualquer evento, não seria uma reclamação com fundamentos, uma vez que, quando tive a oportunidade de mudar as coisas, preferi me preocupar mais com as minhas predicted grades.

Ao fim o Manuel, um professor de economia que não dá mais aulas aqui, mas que veio conversar com a gente algumas vezes, respondeu um email bem chateado que eu mandei a ele, e me confortou de forma que ele não poderia imaginar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário